O elenco conta com a participação do artista de Rio Preto Vinicius Francês. O artista da dança interpreta o papel de um dos guardas da corte real portuguesa. Esta viagem até o século 18 faz ligações com o século 21, na qual também mistura técnicas de dança, teatro e circo, onde quatro artistas contracenam com cordas vermelhas, inspirados na estética das óperas.
“A linha vermelha aparece o tempo todo como uma ligação entre os séculos. A grande questão é: a construção do imaginário racista neste país, inclusive dentro do campo das artes, é um projeto que se mantém em curso e que insiste em invisibilizar, deslegitimar e apagar a presença de artistas pretos como protagonistas da cena artística nacional, explica Mônica Augusto, atriz que divide a direção com o coreógrafo Ivan Bernardelli.
A presença e protagonismo de artistas negras nas óperas e no teatro no século 18 é uma das motivações da nova criação. “O fato de geralmente não conhecermos suas histórias está relacionado com o racismo estrutural e com a permanência de questões étnicas, raciais e de gênero que desde o Brasil colonial persistem em nossa realidade”, pontua Bernardelli.
Apesar da seriedade do tema, tem vez para risadas. As personagens usam grandes perucas e roupas exageradas, que satirizam figuras da elite colonial brasileira e há também uma abordagem lúdica de conteúdos históricos para plateias de várias faixas etárias.
A temporada em Rio Preto é uma realização do Sesc Rio Preto e Sesc SP. O projeto recebeu apoio financeiro do Ministério do Turismo, Secretaria Especial da Cultura, Lei Aldir Blanc, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, via edital PROAC LAB e está em circulação por cidades do Estado de São Paulo.
Estreou no dia 24 de outubro na programação do FACE Bauru e faz parte das atividades comemorativas dos dez anos da companhia.
“Linha Vermelha” chega à etapa final de sua circulação por cidades paulistas. Já passou por Bauru, Santos, Cubatão, São José dos Campos, São Bento do Sapucaí, Campos do Jordão, São Paulo, Osasco e, depois de São José do Rio Preto, realiza sua apresentação final em Carapicuíba no dia 13 de dezembro. Todas as informações atualizadas sobre horários e locais são publicadas no Instagram da Cia. Dual.
https://www.instagram.com/ciadual.com.br/
Linha Vermelha
Duas atrizes negras são interceptadas pelos guardas da corte no momento em que começariam uma apresentação. Tem início uma perseguição. As cordas vermelhas são as linhas que costuram a dramaturgia do espetáculo, que mistura técnicas de dança, teatro e circo.
São José do Rio Preto
3 e 4 de dezembro (sexta e sábado) às 21h
Sesc Rio Preto
Avenida Francisco das Chagas Oliveira, 1333 , Chácara Municipal
14 anos
40 minutos
R$ 20 a R$ 40
Ingressos a venda pelo link
https://www.sescsp.org.br/programacao/226576_LINHA+VERMELHA
Ficha Técnica
Direção Geral e Artística: Ivan Bernardelli e Mônica Augusto
Direção Criativa e Dramaturgismo: Mirella Façanha
Dramaturgia: Mônica Augusto
Jogo de Cena: Erika Moura
Elenco: Ivan Bernardelli, Mônica Augusto, Vinicius Francês e Isamara Castilho ou Tamirys O’hanna
Trilha Sonora: André Vac Torres
Figurino e Adereços: Fábio Namatame
Operação de Som: Amanda Leones
Fotografia e Registro em Vídeo: Alicia Peres
Marketing Digital: Ventuna Digital
Assessoria de Imprensa: Nossa Senhora da Pauta
Produção: Vinicius Francês
Assistência de Produção: Amanda Leones (Versa Cultural)
Assessoria Contábil e Financeira: Juliana Rampinelli Calero
Realização: Sesc Rio Preto e Sesc SP
Agradecimentos: Tur na Serra, Núcleo de Economia Solidária e Desenvolvimento Local, Sabores da Serra, Ateliê Arte nas Cotas, Cota Viva, Com.com, Imaginacom, Secretaria de Cultura da Prefeitura de Cubatão, Unificação das Quebradas, Lab ProComum, Fundação Cultural Cassiano Ricardo, Prefeitura de São José dos Campos, Fundação Lia Maria Aguiar, Teatro Garagem Fuscalhaço, Prefeitura de São Bento do Sapucaí, Conselho Municipal de Políticas Culturais de São Bento do Sapucaí, Prefeitura de Osasco e OCA Escola Cultural.
Cia. Dual
A Cia. Dual nasceu com o propósito de criar trabalhos artísticos a partir de mitologias e fenômenos históricos relacionados à cultura brasileira. Com direção artística de Ivan Bernardelli e gestão de Mônica Augusto, desde 2011, os espetáculos transitam por esses temas.
2021 é o ano comemorativo dos 10 anos da companhia. Como parte das atividades deste aniversário, a Cia. Dual estreou a videodança “Pavão Misterioso”, realizou o curso “Danças Paulistas: dos Guarani aos Bboys” e estreia “Linha Vermelha”.
Entre os trabalhos realizados, destacam-se “Terra Trêmula” (2014, contemplado pelo PROAC – Produção de Espetáculos Inéditos e Temporadas de Dança, da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo); “Profetas da Selva” (2016, contemplado pelo PROAC – Produção de Espetáculos Inéditos e Temporadas de Dança, da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo); “Chulos” (2017, contemplado pela 20. edição do Edital de Fomento à Dança da Cidade de São Paulo; indicado como melhor estreia pelo Prêmio APCA e indicado como Melhor Espetáculo pelo Prêmio Bravo!); “Duo Para Dois Perdidos” (2012, Prêmio Brasil Criativo 2016 e Prêmio Arte e Inclusão 2018).
Vinicius Francês
Natural de Tanabi e formado em Ciências da Computação, Vinicius Francês é artista da dança como coreógrafo, bailarino, diretor de movimento, produtor, curador convidado e arte educador. É integrante, em São Paulo, Cia. Dual, Cia Fragmento (com destaques para indicação Prêmio APCA 2020 Difusão “Terça Aberta na Quarentena” e PRÊMIO DENILTON GOMES 2021 em Criação e Interatividade Virtual por “A La Carte”) e GRUA. Em Rio Preto, dirige projetos da Cia Com-tato desde 2010, é integrante do Núcleo Arcênico de Criações, diretor de movimento e performer em projetos da Robo.Art e colaborador da Cia Para Pessoas Solitárias e Agrupamento Núcleo 2. Assistente de direção e composição trilha sonora de “Não há nada aqui” (de Loretta Pelosi – São José do Rio Preto/Salvador). Trabalha com a Alex Darc Produções desde 2008 como performer, professor, maquiador, coreógrafo e produtor. Trabalhou com a Siameses Cia De dança (premiado APCA 2018 melhor coreografia “Rubedo” e indicada como melhor obra pelo PRÊMIO GOVERNADOR DO ESTADO), Nucleo Mercearia de Ideias, Cia de Danças de Diadema, Lote (“1mm of all that jazz”), Projeto “Pontilhados” (Itau Cultural – Grupo Experimental/PE), Projeto Mov’ola, iN SAiO Cia de Arte, Grupo Divinadança, FreelaCia e Cia Vitrine. Foi selecionado, em 2014, pelo PROJETO BIBLIOTECA DO CORPO, participante do Impulstanz e bailarino do espetáculo “Erendira” (Ismael Ivo). Dirigiu a residência artística Mo/Ver da Cia Blick e criou a obra “Encuentro entre bienvenida y no-me-quiere” (Argentina). Foi bailarino convidado do projeto “Corpo, alma, dança” (parceria Alemanha-Brasil). Atuou como jurado em Mapas Culturais do interior de São Paulo, Dança Catanduva, Prêmio Curta de Performances, Concurso Rei Momo e Rainha do Carnaval da SMC de Rio Preto, Clash of Faces e Prêmio Estímulo Nelson Seixas (2013 e 2021). Ministrou cursos junto às EDTAM Natal, Oficinas Culturais SP, FestFim e SESC Rio Preto. Foi produtor do FIT Rio Preto e Janeiro Brasileiro da Comédia. VideoMaker das obras audiovisuais “Documentário Amor Mundi”, “Festival Amparo – Kasulo”, “Peste”, “Queda”, “Despedida”, “Melância”, “D. Teresa” e “Experimentar o Experimental”. Em 2021, participa como intérprete criador na Cia. Dual na montagem de “Linha Vermelha”.
Fonte: Nossa Senhora da Pauta